terça-feira, 15 de março de 2016

Manel, assim o coração da mãe não aguenta!!


Olá a todos,
Tenho estado ausente do blog e da página porque o Manel decidiu pregar mais um valente susto à mãe!
Já tinha acontecido na maternidade, no dia em que nasceu...estava a dormir há cerca de 1h e começou a não conseguir respirar! Chamei de imediato a enfermeira que, à semelhança do que eu já tinha feito, o virou de barriga para baixo deu umas pancadas entre as omoplatas, com a mão em concha, até ele começar a chorar.
Não imaginam o meu estado de aflição ao vê-lo sem conseguir respirar, já cianosado (arroxeado).
Em casa estava sempre muito atenta e quando ele se começava a mexer muito na alcofa, sabia que algo não estava bem. Entretanto ouvia algumas teorias,  os tais palpites, "deixa-o estar", "não o habitues a levantá-lo logo porque eles são muito espertos"...pois bem, eu sou a mãe e eu é que sei!
Ao contrário do Francisco, o Manel é um bebé que se porta muito bem (tirando estes sustos, obviamente), ou seja, mama muito (como se o mundo fosse acabar) e só não dorme se estiver ou mal disposto - aflito para arrotar/bolçar ou se tiver cólicas. 

E eis que o mini gordinho decidiu pregar novamente um susto à mãe...na quinta à noite, já tinha mamado há sensivelmente 1h e pouco, estava ao colo da avó quando bolsou e ficou bastante atrapalhado para respirar. Entretanto fomos para o quarto, para nos irmos deitar e a avó também foi ajudar a levar as coisas do Manel. O Manel começa a não conseguir respirar e eu, viro-o para baixo, dou-lhe aquelas pancadas nas costas e ele começa a chorar. Eu respiro fundo e ponho-o bem direitinho ao meu colo, bem encostado a mim...ele fartava-se de arrotar mas continuava a não estar bem.
Este episódio repetiu-se mais 5 vezes! Estava sempre a acontecer e eu, em pânico, só pedia para aquilo acabar e ele ficar o mini Manel forte que eu tinha!
À terceira vez que aconteceu, pensei que ele tinha que ser visto, ir à urgência. Mas como é que eu o levava?! Se ele não conseguia respirar era impensável pô-lo no ovo e fazer uma viagem assim até Aveiro ou Coimbra.
Liguei para a Saúde 24 (tentando não ser muito alarmista), expliquei o que estava a acontecer e, enquanto estava em linha, aconteceram mais 2 episódios. A chamada foi passada de imediato para o INEM e fomos para o Serviço de Urgência de pediatria do Hospital de Aveiro.

Estava eu sentada enquanto o Manel estava com uma enfermeira e ouço um médico,  que se baixou ao pé de mim, dizer "Então minha sra, o que se passou?"...quando levanto a cabeça era só um dos meus grandes amigos do colégio. Nem imaginam o alívio que senti ao ver uma cara conhecida ali pronto para ver o meu menino!
Realmente a vida de cada um toma rumos diferentes mas há pessoas que, por muito que os anos passem e estejamos sem privar com elas, continuam a ser quem sempre foram, o carinho mantém-se e as vivências desses tempos são sempre recordadas com um sorriso.
É bom saber que temos pessoas assim a tratar das nossas crianças!
A equipa de pediatria foi impecável!
O Manel, por precaução, ficou internado desde quinta à noite até hoje nos cuidados intermédios da neonatologia (UCIN).
Não conseguia arredar pé de ao pé dele e só saia para comer qualquer coisa (não é que a fome fosse muita) ou para ver o Francisco.
O que mais me custou nestes dias, foram as 2 primeiras noites porque durante a noite não era aconselhado que ficasse na UCIN, só nos períodos de amamentação.
Quando ia para o quarto, no mesmo piso da UCIN, chorava baba e ranho... e pior, em silêncio para não incomodar a mãe que dormia ao lado.
Além disso tinha umas saudades do Francisco que não imaginam.
Como as visitas na UCIN são restritas (2 por semana, com duração máxima de 10 minutos cada sendo que o irmão tinha direito a uma visita por semana), achei muito violento sujeitar o Francisco àquele ambiente e então, no Sábado e no Domingo, o M. levou-o para Aveiro, conciliamos a hora de mamar do Manel e, com a vigilância das enfermeiras da UCIN lá saia eu, com o coração nas mãos,  para almoçar em contra-relógio com o meu Francisco.
Um mega obrigada especial às enfermeiras Célia, Carolina e Elisabete que tornaram a nossa estadia bem mais fácil e cuidavam do Manel como se fosse delas.

O mais importante é que está tudo bem! O Manel faz refluxo, é um bolçador frequente, muito sôfrego a mamar e, como anda com o nariz congestionado atrapalha-se. Acontece que, naquele dia, não estava a conseguir resolver sozinho.
É um susto daqueles perceber que não estão a conseguir respirar! Não desejo a ninguém uma experiência destas!



Manel, já em casa, no mimo da avó! Gorro Gap Baby e Mantinha Chicco

Filho, agora muito a sério, chega de partidas! Eu sei que gostas de testar a mãe mas acho que já passei no teste por isso podes parar senão o meu coração não aguenta!

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